segunda-feira, 28 de março de 2011

Rádio Cultura FM debate proibição da Lei da Ficha Limpa

Caros leitores,

No último sábado (26), como de costume, estive participando do quadro "Seu Direito seu Dever" do programa "Manhã da Cultura" da Rádio Cultura FM.

Na oportunidade, debatemos como o jornalista Erivan Lima a recente proibição do Supremo Tribunal Federal de apliação da Lei Complementar 135 (Ficha Limpa) às Eleições de 2010.

De fato, esta norma regulamentadora, oriunda dos movimentos sociais e de iniciativa popular, foi uma das Leis mais úteis e benéficas dos últimos anos. Todavia, padeceu quanto à constitucionalidade.

Como bem escreveu o advogado e jornalista piauiense Pedro Alcântara, o voto do novo ministro, Luiz Fux, no caso do julgamento do processo ficha limpa, salvou o Supremo Tribunal Federal. Entenda o raciocínio. Imagine o Papa negar a existência de Deus ou, sair por aí dizendo que Jesus Cristo nunca passou por aqui. Imagine o Aiatolá Kamenney, chefe religioso do Irã, negar Maomé e rasgar o alcorão ou, ainda, o chefe espiritual tibetano Dalai Lama contestar Buda. Seria um mudança radical de ações , costumes e regas e pensamentos. 

O STF é o guardião da Constituição Federal. É ele quem faz valer o que está escrito na carta magna do país. Se a corte suprema não respeitar a constituição, quem vai respeita-la? O texto constitucional não foi modificado. Fizeram uma lei para punir, estancar e barrar condutas vedadas por agentes públicos ou até mesmo pessoas comuns. 

Ora, ao invés de uma lei, o que deveria ter sido aprovada era uma emenda. Aí sim, não haveria contestação. A lei Ficha Limpa é um dos mecanismos mais modernos que esse país já produziu no campo do direito, mas infelizmente, ela não pode se sobrepor a constituição. Nessa ótica, o ministro Fux salvou o STF que, com seu voto, continua sendo o protetor da constituição.  
 

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